A história de Itaberaba remonta às mais antigas bandeiras, ainda no século XVI, que encontraram aqui, primeiro, os índios maracás que dominavam o vale médio do rio Paraguaçu. Segundo o historiador itaberabense, professor Epitácio Pedreira de Cerqueira, em sua obra Pedra que Brilha, afirma que:

“Eram índios fortes, valentes, guerreiros e bons cantores, robustos e bem acondicionados, não eram sanguinários nem antropófagos e se tomavam alguns contrários não os matavam (…) Traziam os cabelos crescidos até as orelhas (…) Eram polígamos, viviam em aldeias e dormiam em redes”.

Dois séculos após, surgem os primeiros mocambos (quilombos), com destaque para o quilombo das matas do Orobó (o mais importante da Bahia) que, como consequência direta da escravatura, deu origem ao “banditismo a que se entregavam não poucas vezes os escravos fugidos dos maus tratos dos senhores, como se dava em alguns casos, por perversidade, por maus instintos em outros”.

O que veio a se chamar Município de Itaberaba, começa a sua trajetória a partir de 1768, quando o capitão Manuel Rodrigues Cajado funda a Fazenda São Simão, a sudeste da serra do Orobó, à esquerda do rio Piranhas. Já no século XIX, a fazenda foi alienada a Antônio de Figueiredo Mascarenhas que edificou, na parte central da propriedade, uma casa de oração consagrada a Nossa senhora do Rosário.

Em torno da capela formou-se um núcleo de moradores que, em 1817, ficou conhecido por Rosário do Orobó, pertencente à vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira. O povoado cresceu e recebeu horas de freguesia ou paróquia e distrito de paz de Nossa Senhora do Rosário do Orobó, 26 anos mais tarde.

18 DE MAIO: UM DIA ESPECIAL NA HISTÓRIA DE ITABERABA

A “paróquia” de Nossa Senhora do Rosário de Itaberaba foi criada há 175 anos, com a Resolução 195 da presidência da Província da Bahia, datada de 18 de maio de 1843, que desmembrava a localidade da freguesia de “Santana do Camisão”, onde hoje fica o município de Ipirá, recebendo a denominação de “freguesia” de Nossa Senhora do Rosário do Orobó.

A data simboliza o primeiro avanço político de nossa gente rumo à construção da comunidade que hoje chamamos de Itaberaba, Cidade de Todos. Somente 34 anos depois é que o “arraial” e “distrito de paz” de Nossa Senhora do Rosário do Orobó subiu à categoria de “vila” com a denominação de Vila do Orobó, através da Resolução 1.715 de 26 de março de 1877, assinada pelo então presidente da Província da Bahia, Henrique Pereira de Lucena.

Segundo o historiador itaberabense Epitácio Pedreira de Cerqueira, pesquisador premiado e reconhecido pela Academia de Letras da Bahia (ALB), “a categoria de ‘vila’ designava o que hoje conhecemos por município, ou a sua sede, e ‘arraial’ ou ‘povoado’, o Distrito de Paz”, afirma o professor Epitácio, em seu belo relato de nossa história, a consagrada obra Pedra que Brilha, de 1976, através do qual constrói a narrativa do lugar onde, hoje, construímos a Cidade de Todos.

Itaberaba tem ficado ainda maior, com obras e investimentos que apostam no desenvolvimento de nossa cidade, principalmente no que diz respeito ao bem estar de nossa gente e com a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas. Apesar do momento difícil por que passa a economia do país, o itaberabense nunca deixou de trabalhar e acreditar no poder de seus sonhos. Maio de 2018 tem sido marcado pelos avanços que só o trabalho sério e responsável pode proporcionar.

A cada dia, a nossa cidade fica mais bonita e a autoestima de nosso povo só cresce com obras que, para além da melhoria na qualidade de vida de quem vive aqui, possibilitam ainda a geração de mais emprego e renda para as trabalhadoras e trabalhadores de nossa cidade. Com o desenvolvimento, nosso município, por sua vez, reafirma o seu lugar de centro de desenvolvimento socioeconômico e cultural de toda a região. A gestão Cidade de Todos tem orgulho de fazer parte desse momento da história de Itaberaba.